sábado, 3 de outubro de 2009

Porque há o direito ao grito. Então eu grito!

Estes dias me disseram que sou uma pessoa polêmica! Não gosto de carregar o estandarte, mas entre escolher calar, aquietar e ganhar a medalha "Amiga do Bem" ou expressar o que, de fato, sinto, penso, escolho e desejo, opto por botar a boca no trombone!

E pelo direito à revolta, "hoje quero ser levada a sério"...

Participo de um grupo de e-mail cujo tema de discussão é parto e amamentação.... Até aí, novidades zero!

Há tempos me sinto imensamente incomodada com uma severa e pesada crítica à cesárea eletiva! Dizem que o parto natural dá poder e feminilidade à mulher...

Quando, enfim, me posicionei e disse "Não concordo!", choveram facas, lanças e espadas sobre minha cabeça!

Mais uma: conversava com um amigo que considero super inteligente, articulado, que me dizia que é contra o homossexualismo porque está na Bíblia! Nem preciso dizer o que ele disse quando eu comentei que conheço um casal de homossexuais que tem uma vida conjugal imensamente melhor do que muuuuitos heteros que conheço (inclusive a minha)! E que não vejo problema na legalização da poligamia se o casal é feliz assim!

Enfim, não discuto os temas... Discuto o direito à liberdade de escolha...

Mais ainda, o respeito à esta liberdade de escolha!

Vejo hoje pessoas matarem ou morrerem em nome de concepções e crenças fundamentadas em princípios radicais e extremistas!

A capacidade de análise crítica não deveria se sobrepor à xenofobia, à homofobia ou quaisquer justificativas à exclusão, à punição, à seleção?

Precisamos mesmo caber exatamente naquele quadradinho?


E se ele não quer? E se ela prefere o círculo? E se eles querem a amplitude sem traços ou formas?

Pelo direito ao direito ao grito. Então eu grito!

Mas vamos respeitar àquele que quer ficar calado, que quer sussurrar, ou falar, ou uivar, cacarejar, latir, ou seja lá sua forma de expressar-se.....

Pela liberdade, acima de qualquer coisa....