quarta-feira, 27 de julho de 2011

Riscos, to risk, riesgo, ARRISQUE!!!!!



"Eu não quero ver você cuspindo ódio,
Eu não quero ver você fumando ópio pra sarar a dor,
Eu não quero ver você chorar veneno,
Não quero beber no teu café pequeno
Eu não quero isso, seja lá o que isso for

Eu não quero aquele, eu não quero aquilo
Peixe na boca do crocodilo
Braço da Vênus de Milo acenando tchau

Não quero medir a altura do tombo
Nem passar Agosto esperando Setembro,
se bem me lembro

O melhor futuro: esse hoje, escuro
O melhor desejo da boca é o beijo
Eu não quero ter o Tejo me escorrendo da mãos

Quero a Guanabara, quero o Rio Nilo
Quero tudo ter, estrela, flor e estilo
Tua língua em meu mamilo,
Água e Sal

Nada tenho,
Vez em quando tudo.
Tudo quero, mais ou menos, quanto?
Vida, vida,
Noves Fora, Zero

Quero viver, quero ouvir, quero ver.
Nada tenho,
Vez em quando tudo.
Tudo quero, mais ou menos, quanto?
Vida, vida,
Noves fora, zero,
Se é assim, quero sim,
Acho que vim pra te ver......"

Letra da música "Bandeira", Zeca Baleiro.


Começo o post com essa música para partilhar meus pensamentos sobre....
Penso com perguntas que me faço a mim mesma e, quem sabe, aproveitadas por e para alguém?
Aliás, sei que até as perguntas que eu me coloco são direcionadas pela minha história e pelo que foi construído, limitadas, mas isso não quer dizer que não abrem janelas!
Gosto dessa música pela energia da oposição, do "Eu não quero...."
Em alguns momentos da vida a total oposição é necessária.
Há uma teoria de um autor que curto muito (Saviani), que o próprio entitula como "Teoria da Curvatura da Vara" (sem sacanagem!), em que diz que, pra um bambu ficar reto, você precisa levá-lo ao extremo oposto, quase até quebrá-lo, para, lentamente, soltá-lo.
É um banho na alma com cloro! Mandar tudo ralo abaixo!
E, como é bom, quando estamos despidos, escolher o que vamos usar, o que queremos!

Experimentar peças que não ousaríamos, combinadas, descombinadas.

Há coisas que não podem nem devem ser adiadas.
A vida não pode nem deve ser adiada.
O tic tac é irritantemente contínuo!
Não quero medir a altura do tombo porque, sem riscos, não há mudanças!
Há momentos em que a vida pede um mergulho pra gente sair da superficialidade (mesmo que seja, pra depois dizer "Putz, o que foi que eu fiz?")
E, assim, se reconstruir....
"Quero viver, quero ouvir, quero ver". Deslumbrar-se com a vida é um dom!
E só assim estamos prontos para, de fato, ver o que procuramos ou o quanto o destino reservou de "presente"!


sexta-feira, 22 de julho de 2011

L'amour Toujours


Pausa para uma breve, porém necessária, reflexão sobre o amor...


Vinha no carro ouvindo um "poema-musica" que amo do Oswaldo Montenegro, Metade...

www.youtube.com/watch?v=ujQoUEdXr_8


Em um efeito hipnótico, esqueci o que fazia parada no semáforo e me deixei conduzir pela voz do Montenegro, como se estivesse ouvindo a leitura do meu horóscopo diário!


"E que minha loucura seja perdoada,
porque metade de mim é amor,
e a outra metade também....."


Então divaguei sobre o amor, em suas manifestações, composições e expressões.
Na multiplicidade que uma palavra pode envolver, em "n's" traduções e interpretações!
"Amar quer dizer........" quantas possibilidades de resposta.
Mais: quantas possibilidades de vivê-lo, expressá-lo!





Fato só que amar envolve um ser que ama algo ou alguém!
Pressupõe um contato! O resto é infinito!
Pensei nas paixões... ah, paixões! Paixões! Paixõoooooes!
De onde veio a estranha lógica que foi estabelecida da paixão como um sentimento imaturo, inconsequente, surreal!? E que postula que o amor é a evolução da paixão?

Por que o amor não pode ser desmedido, desenfreado e desencanado? Impossível, improvável e insano?
Por que enfeiamos o amor fazendo-o sério, controlado, contido, calmo, pacífico e sereno?


Não não não! Chega a ser tedioso pensar nesse amor almofadinha, quase de terno, gravata e gel nos cabelos.....
Não quero....
Necessito pensar que cabe conceber o amor "montanha russa", com frio na barriga e arrepios na nuca (e em todos os lugares prováveis)!

Mas, aprendo a cada dia, que cada um pode (e deve) manifestar sua forma de amar e tê-la respeitada! Em um tempo de padronizações, vamos pensar fora do cubo (essa frase não é minha, mas adoro ela!) e nos permitir experimentar e conhecer, conhecer e experiementar!

E agora, com licença que o carro de trás está buzinando pra eu voltar pro mundo!